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O movimento nas cotações do leite visto em 2018 deve persistir em janeiro deste ano segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. No entanto, a expectativa do mercado é de que já em fevereiro as cotações possam sinalizar certa recuperação.

A oferta, que não está se elevando de forma intensa, e o aumento da competição entre empresas para assegurar a matéria-prima podem elevar os valores do produto. Apesar de, no geral, 2018 ter sido um ano de valorização do leite ao produtor, os custos de produção subiram justamente nos meses em que a receita do pecuarista recuou, contexto que freou novos investimentos.

Além disso, no final de 2018, as assimetrias de informações e ações especulativas diminuíram a confiança de produtores em seguir aumentando a produção, limitando a oferta já em janeiro. Assim, a expectativa é de que os preços fiquem acima dos patamares observados no início de 2018, mas abaixo dos negociados no começo de em 2017.

Produção
A produção de leite, contudo, pode ser estimulada ao longo de 2019, tendo em vista a possível maior disponibilidade de grãos neste ano. De acordo com o Cepea, para a temporada 2018/2019, é esperado aumento na oferta de milho no Brasil e no mundo.

No Brasil, a elevação deve ocorrer devido aos maiores patamares de preços do cereal nos últimos meses e ao rápido semeio da soja na primeira safra, que favorece o cultivo da segunda temporada de milho. Com isso, deve haver aumento do excedente interno, mesmo com maior consumo, o que pode pressionar as cotações.

Em termos mundiais, porém, a demanda deve aumentar mais que a oferta, pressionando os estoques e podendo elevar os preços internacionais. Espera-se, também, aumento nas transações internacionais, o que deve ser uma boa alternativa para as exportações brasileiras.

Demanda
O mercado espera que a possível retomada de crescimento da economia, com inflação controlada, taxa de juros baixa e melhora do mercado de trabalho, resulte em aumento no poder de compra de brasileiros, o que, por sua vez, tende a aquecer o consumo de lácteos.

O Cepea indica que ainda que a expectativa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) seja de modestos 2,5%, a perspectiva de elevação do poder de compra do brasileiro aumenta as possibilidades de maior ajuste entre oferta e demanda, o que diminui as expectativas de preços despencando, especialmente no primeiro trimestre de 2019.

No entanto, é importante destacar que a sustentação desse cenário econômico favorável vai depender da habilidade do novo governo em aprovar medidas para controle dos gastos públicos.

Mercado internacional
O aumento da taxa de juros norte-americana para o ano de 2019 deve elevar o dólar, que pode ficar entre R$ 3,70 e R$ 3,80. Os preços internacionais dos lácteos podem estar ligeiramente menores em 2019, devido ao estoque elevado de leite em pó no final de 2018 e ao crescimento da produção da Nova Zelândia e dos Estados Unidos.

Além disso, o consumo internacional pode se desacelerar, em função da disputa comercial entre China e Estados Unidos e da queda nos preços do petróleo. Assim, as importações de lácteos podem ser favorecidas. No que diz respeito às exportações, é possível maior participação brasileira no mercado mundial, por conta dos esforços conjuntos realizados nos últimos anos por organizações do setor. (Canal Rural)

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