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Num movimento considerado de ajuste, os preços do leite em pó registraram leve alta ontem (05) no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência de preços para o mercado internacional. A cotação do leite em pó integral, que tinha recuado no pregão anterior, subiu de US$ 1.971 por tonelada para US$ 2.013 ontem. Já o leite em pó desnatado ficou praticamente estável em US$ 1.721 por tonelada, conforme dados divulgados pela plataforma.

Para Valter Galan, analista da consultoria MilkPoint, especializada em lácteos, o pequeno ajuste não significa início de recuperação dos preços internacionais, que estão bem abaixo dos níveis históricos - entre US$ 3.200 e US$ 3.400 por tonelada para o leite em pó integral.

De fato, observou ele, considerando os fundamentos recentes do mercado internacional de lácteos, a expectativa era de queda nos preços negociados no leilão. Ele se referia ao aumento da produção de leite na União Europeia e na Nova Zelândia. Só em janeiro de 2016, a produção no bloco europeu cresceu 5,3% sobre o mesmo mês de 2015, o equivalente a 618 milhões de litros de leite. Já na Nova Zelândia, que deve registrar queda na produção de leite da safra como um todo, a produção da commodity subiu 5,6% em fevereiro sobre o mesmo mês de 2015, para 1,966 bilhão de litros de leite.

Além disso, a China, maior importadora mundial de lácteos, voltou a se retrair no mercado. O país asiático havia importado 153 mil toneladas de leite em pó integral e desnatado em janeiro deste ano. O volume foi 4,4 vezes maior que o comprado em dezembro de 2015 e 49% superior ao do mesmo mês de 2015. Mas, em fevereiro, as importações do país asiático voltaram a cair. O recuo nas compras foi de 24% em relação ao mesmo mês de 2015 - saíram de 65.900 toneladas (entre leite em pó integral e desnatado) para 53.000 toneladas.

Nesse ambiente, uma recuperação dos preços internacionais fica mais distante. Para Galan, os preços do leite em pó integral no mercado internacional devem se aproximar dos níveis históricos só no começo de 2017. No início deste ano, a expectativa dele e de outros analistas é de que uma recuperação viria ainda no segundo semestre de 2016.

Segundo o analista, diante dos baixos preços internacionais já há informações no mercado sobre maior interesse por produto importado, como queijos. Isso pode aumentar a concorrência para o produto local (que enfrenta alta da matéria-prima e queda na demanda). (Valor Econômico e GDT)

 

 

 

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