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Os problemas climáticos que afetaram a atual safrinha de milho no Brasil levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a realizar um novo corte, e bastante profundo, em sua estimativa para a produção do grão. No 10º levantamento sobre a temporada 2015/16, a autarquia diminuiu em quase 7 milhões de toneladas em relação a maio sua estimativa para a safrinha (em fase de colheita), para 43,05 milhões de toneladas.

O tamanho do ajuste na safrinha surpreendeu o mercado. O volume que passou a ser calculado é 21% menor que o previsto inicialmente pela Conab (54,62 milhões de toneladas) e que a colheita registrada na segunda safra do ciclo 2014/15 (54,59 milhões). Com o corte, a produção total do grão desta safra deve ficar em 69,14 milhões de toneladas, ante 84,67 milhões em 2014/15.

A nova estimativa reverberou na bolsa de Chicago, onde os contratos do cereal de segunda posição de entrega (setembro) subiram após o anúncio e alcançaram US$ 3,5375 por bushel. As cotações cederam antes do fim do pregão, e os papéis fecharam a US$ 3,4175.

No mercado doméstico, o ajuste nos números da Conab pode abreviar a atual tendência de queda dos preços. Desde o início da colheita da safrinha, no começo de junho, as cotações do grão já caíram mais de 20%, conforme o indicador Esalq/BM&FBovespa, para a casa de R$ 41 a saca de 60 quilos.

São esperadas grandes quebras de produtividade em praticamente todas as regiões produtoras, sobretudo devido à estiagem. Em Mato Grosso, maior produtor nacional de milho, a redução esperada é de 27,4% em relação a 2014/15, a 4,38 toneladas por hectare. Se confirmada a previsão, a colheita deve ficar em 15,65 milhões de toneladas, ante 20,3 milhões no ciclo passado.

Contudo, existem casos ainda mais graves. No Maranhão, a perspectiva da Conab é de uma produção 72% menor, de apenas 144,1 mil toneladas. Já no Paraná, vice-líder na produção, a expectativa é de uma redução na produtividade, mas o aumento de área deve compensar e manter a colheita próxima das 11 milhões de toneladas de 2014/15.

No caso da soja, cuja colheita já foi encerrada, a projeção da Conab foi ligeiramente reduzida, de 95,63 milhões em junho para 95,30 milhões de toneladas em julho. Também abatida pelo clima adverso - seca na região central do país e chuva em excesso no Sul -, a produção de feijão deve somar 2,7 milhões de toneladas, aquém das 2,93 milhões indicadas no mês passado.

As informações são do do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint. 

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